quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um dia alguém me disse: "A beleza de um cavalo selvagem é a sua liberdade"....

Naquele prado onde eu ia todos os dias
vi lindos cavalos à solta
de crinas compridas
que esvoaçavam ao vento
nas suas corridas

Um deles me olhou
seus olhos me fixaram
todo ele, irradiava ternura
lambeu-me as mãos
como se as beijasse
toquei-lhe
e todo o meu corpo estremeceu

Oh! meu Deus, o que o toque provocou
esquecendo que era selvagem
deixei que se aproximasse

Depois afastou-se,correndo no prado
fiquei triste, desapontada
como era possível isto se ter passado
pois ele era, apenas um cavalo selvagem da manada

O meu coração sofre, porque sente
e porque estou só
ele continua a correr livre e contente
e também ama a vida, como eu
mas de uma maneira diferente

Não sei se ele pensa, e o que sente
só posso imaginar
como deve ser bom viver no prado
ser selvagem
não cumprir regras
comer quando tem fome
amar á sua maneira
e ter quem gosta a seu lado

Todos os dias o procuro só para o ver
mas raramente o vejo
quando me vê, afasta-se a correr
parece que tem medo de mim
ou medo de se deixar prender


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