segunda-feira, 31 de maio de 2010

O ciclo do Mar

Havemos de aprender que tem momentos.
O mar.
E o que sentimos com eles.
A ternura quando nos acaricia os pés.
O arrepio quando nele mergulhamos.
E aprendemos, até, a morder os lábios quando o vemos afastar.
Heveremos de aprender a partilhá-lo e haveremos de aprender que nem sempre sabemos partilhá-lo.
Nas alturas do mergulho não o sabemos partilhar.
Nem quando nos afaga os pés. Aprendemos, portanto, que aprender a partilha não é tarefa fácil.
Mas aprendemos que aprenderemos.
A vantagem da idade é que sabemos que ao arrepio se sucede a ternura e à ternura se sucede a distãncia e depois de novo o mergulho, o acariciar dos pés...e de novo a distância...
Quando a areia fica molhada. E sabemos que a solução está em morder os lábios. Vantagem?
 Com a idade aprendemos, para além de a morder os lábios e aproveitar os arrepios, que não vale a pena encontrar vantagens ou desvantagens no inevitável. Ele ganha sempre. Ponto. O ciclo do mar faz parte das coisas inevitáveis das nossas vidas. Mergulhemos nele, portanto. Serenamente. Ou apaixonadamente.

Desconheço autoria.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial