terça-feira, 13 de julho de 2010

No mar tudo cabe


No mar… tudo cabe
O azul que deixou de ser cor

Ninfas ondeando na branca espuma

Dos pescadores laboriosa humildade

O lamentoso canto de gaivotas enamoradas

Versos salgados em poemas de amor

Dos surfistas a malabarista vaidade

O repouso das sereias nas furnas escarpadas

O deslumbramento de quem a Vida sabe.
 
No mar… tudo cabe

Risos de infância trazidos pela maré

Beijos rolando nas alterosas vagas

Promessas fortuitas em soltas areias

Sonhos num embarque de batel sem fé

Paixões em viscosas algas enredadas

Desejos arrefecidos na falsa bruma

Esperança perdida em portos abandonados

Um alvorecer diferente em cada madrugada.

No mar… tudo cabe

Tu e eu nas memórias do tempo

Bola de fogo a reluzir no entardecer

Proeza de homens em volvidas odisseias

Cântico de deuses no sussurro do vento.

 (desconheço autoria)


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