quarta-feira, 25 de maio de 2011

Eu Me Prometo


Hoje, nesta noite chuvosa
Prometo a mim mesma
Me acarinhar mais
Não deixar de fazer
Pequenos agrados
À minha própria
Pessoa

Hoje, enquanto a chuva
Cai forte lá fora
E o friozinho outonal
Começa a dar os ares
De sua graça
Prometo a mim mesma
Que não deixarei mais
Que faltem flores
Nem que seja eu mesma
A dá-las à mim
E já que me faz tão bem
Vê-las, sentí-las, cheirá-las
Me darei esse prazer


Hoje, ouvindo as gotas que caem
Por detrás da janela onde estou
Penso que a vida é dura demais
E que pequenos gestos
Pequenos milagres
Como algumas rosas numa jarra
Uma caneca com margaridas
Livros à minha volta
Podem fazer toda a diferença
Num dia aparentemente comum

Prometo, a mim mesma
Jamais me esquecer de mim
Jamais deixar que a dor me solape
Me afogue, sufoque
Ou me faça afastar de quem sou
Prometo jamais desistir de meus sonhos
Jamais abrir mão do que amo
Das ínfimas coisas
Aparentemente sem importância
 

Mas que para mim
São fundamentais
Para que eu exista

Prometo a mim mesma
Me amar acima de tudo
Respeitar meu modo de ser
Me aceitar
Ainda que com meus tantos defeitos
E falhas
E idiossincrasias
Que falte pão em minha mesa
Pois não é mesmo dele
Que me alimento
Mas flores, jamais.




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